sábado, 18 de setembro de 2010

Alfabetização e Letramento

A educação é de suma importância para sociedade, pois é através dela que os indivíduos se inserem na mesma. É na educação que construímos nossa base, mas este já é um conceito ultrapassado, pois para escritores como Ângela Klemaim e Maria Alice, por exemplo, quando entramos na escola já somos dotados de uma base, adquirida no decorrer de nossa vida sócio-econômica, histórica e cultural e essa base, os autores chamam de Letramento.

O Letramento é fundamental na escolarização de crianças, jovens e adultos, pois é ele que vai fazer com que a aprendizagem seja recíproca entre aluno e professor, é ele que vai instigar o aluno, é através dele que o aluno vai participar ativamente das aulas. Não podemos barrar a vida sócio-econômica, histórica e cultural dos alunos no portão da escola, pelo contrário devemos agregar ao conhecimento científico e as grades curriculares todo e qualquer conhecimento do aluno, ou seja, seu Letramento.

O Letramento não educa por si só, é apoiado na estrutura curricular da escola que teremos uma melhor aprendizagem. Não podemos simplesmente descartar a alfabetização, pois é ela que ensina os alunos a lerem e escreverem, a decifrar os códigos, o que nós, como educadores, devemos fazer é orientar os alunos a onde e como usar o que aprenderam, associado ao seu conhecimento prévio, seu Letramento.

domingo, 15 de agosto de 2010

L.I.V.R.O - Millôr Fernandes


Millôr Fernandes: Um novo e revolucionário conceito de tecnologia de informação

Na deixa da virada do milênio, anuncia-se um revolucionário conceito de tecnologia de informação, chamado de Local de Informações Variadas, Reutilizáveis e Ordenadas - L.I.V.R.O.

L.I.V.R.O. representa um avanço fantástico na tecnologia. Não tem fios, circuitos elétricos, pilhas. Não necessita ser conectado a nada nem ligado. É tão fácil de usar que até uma criança pode operá-lo. Basta abri-lo!

Cada L.I.V.R.O. é formado por uma seqüência de páginas numeradas, feitas de papel reciclável e capazes de conter milhares de informações. As páginas são unidas por um sistema chamado lombada, que as mantêm automaticamente em sua seqüência correta.

Através do uso intensivo do recurso TPA - Tecnologia do Papel Opaco - permite-se que os fabricantes usem as duas faces da folha de papel. Isso possibilita duplicar a quantidade de dados inseridos e reduzir os seus custos pela metade!

Especialistas dividem-se quanto aos projetos de expansão da inserção de dados em cada unidade. É que, para se fazer L.I.V.R.O.s com mais informações, basta se usar mais páginas. Isso, porém, os torna mais grossos e mais difíceis de serem transportados, atraindo críticas dos adeptos da portabilidade do sistema.

Cada página do L.I.V.R.O. deve ser escaneada opticamente, e as informações transferidas diretamente para a CPU do usuário, em seu cérebro. Lembramos que quanto maior e mais complexa a informação a ser transmitida, maior deverá ser a capacidade de processamento do usuário.

Outra vantagem do sistema é que, quando em uso, um simples movimento de dedo permite o acesso instantâneo à próxima página. O L.I.V.R.O. pode ser rapidamente retomado a qualquer momento, bastando abri-lo. Ele nunca apresenta "ERRO GERAL DE PROTEÇÃO", nem precisa ser reinicializado, embora se torne inutilizável caso caia no mar, por exemplo.

O comando "browse" permite fazer o acesso a qualquer página instantaneamente e avançar ou retroceder com muita facilidade. A maioria dos modelos à venda já vem com o equipamento "índice" instalado, o qual indica a localização exata de grupos de dados selecionados.

Um acessório opcional, o marca-páginas, permite que você faça um acesso ao L.I.V.R.O. exatamente no local em que o deixou na última utilização mesmo que ele esteja fechado. A compatibilidade dos marcadores de página é total, permitindo que funcionem em qualquer modelo ou marca de L.I.V.R.O. sem necessidade de configuração.

Além disso, qualquer L.I.V.R.O. suporta o uso simultâneo de vários marcadores de página, caso seu usuário deseje manter selecionados vários trechos ao mesmo tempo. A capacidade máxima para uso de marcadores coincide com o número de páginas.

Pode-se ainda personalizar o conteúdo do L.I.V.R.O. através de anotações em suas margens. Para isso, deve-se utilizar um periférico de Linguagem Apagável Portátil de Intercomunicação Simplificada - L.A.P.I.S. Portátil, durável e barato, o L.I.V.R.O. vem sendo apontado como o instrumento de entretenimento e cultura do futuro. Milhares de programadores desse sistema já disponibilizaram vários títulos e upgrades utilizando a plataforma L.I.V.R.O.


http://www.amigosdolivro.com.br/lermais_materias.php?cd_materias=3689

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Didática 1

IMPRESSÃO TEXTUAL

A função do magistério se caracteriza pela atividade de ensino das matérias escolares, como complemento deve existir uma ação recíproca entre professor aluno, ensino e aprendizagem, de uma forma dinâmica.

O processo de ensino normalmente é visto como uma transmissão de matéria onde o professor fala e interpreta a matéria, os alunos apenas escutam e memorizam e respondem a um interrogatório do professor, a chamada escola tradicional. Os professores se prendem ao livro didático e é uma corrida contra o tempo, para que terminem o livro até o fim do ano letivo. O ensino tem que se mais que isso, torna a matéria do livro mais assimilável a realidade a que pertencem professor e aluno, desenvolver as capacidades cognoscitivas dos alunos.

A aprendizagem e ensino são duas facetas de um mesmo processo, mas para que haja uma ação recíproca é preciso compreender o processo de aprendizagem. Em sentido geral tudo que vivenciamos em nosso cotidiano é aprendizagem, desde que nascemos estamos aprendendo, andar, falar, etc. Assim podemos distingui aprendizagem casual de aprendizagem organizada. A aprendizagem casual é aquela que aprendemos na rua, em casa, no trabalho, na experiência de vida. A aprendizagem organizada é sistematizada pela escola, onde o professor ensina determinados conhecimentos e habilidades, normas de convivência social. “A aprendizagem escolar é, assim, um processo de assimilação de determinados conhecimentos e modos de ação física e mental, organizados e orientados no processo de ensino.” A aprendizagem se da pela motivação interna e externa dos alunos, uma confrontação entre conteúdos trazidos pelo professor e experiências sócio-culturais dos alunos.

O processo de ensino não se da apenas pela transmissão de conhecimento, mas sim de uma interação onde professor deve explicar a matéria e puxar o aluno, fazendo com que ele se interesse, que queira conhecer, fazer da matéria um conteúdo compreensível e que estimule a capacidade cognoscitivas dos alunos.

O ensino tem três funções inseparáveis:

a) Preparar o conteúdo para as aulas de forma que haja um interesse do aluno pela a matéria, para que haja uma relação subjetiva com os conteúdos.

b) Apenas orientar os alunos lhes mostrar o caminho, mas de uma forma que eles sejam independentes e autônomos.

c) O trabalho docente deve ser objetivo e dirigido a aprendizagem.

“O processo didático se explicita pela ação recíproca de três componentes – os conteúdos, o ensino e aprendizagem.” Mas que oporem em conjunto as condições sócio política e fatores sociais dos alunos e da instituição de ensino. Esses três componentes não podem ser analisados isoladamente. O conhecimento sócio-cultural e experiências dos alunos são a principais forças do processo didático, trata-se de verificar antecipadamente os conhecimentos prévios de cada aluno para que haja uma assimilação ensino e aprendizagem.

A estruturação docente não pode somente se embasar nos livros didáticos, mesmo aqueles que são dinâmicos, é preciso ampliar o conteúdo e fazer uma assimilação com o cotidiano, um trabalho ativo de professor e aluno. O professor deve incentivar os alunos relacionar com conceitos sócio-culturais, trazidos pelos aluno, as matérias destinadas ao conhecimento cientifico, o professor não deve facilitar a matéria e sim fazer com que os alunos desenvolvam um trabalho cognoscitivo.

O processo de ensino, deve formar agentes críticos, que possam assimilar sua vida sócio-cultural a conhecimentos básicos e essenciais, e possam avaliar a realidade com uma visão mais critica baseada em ideais transmitidos pela escola de maneira recíproca.

Referências Bibliográficas:

LIBÂNEO,José Carlos. Didática São Paulo: Cortez, 1994. ( Coleção magistério 2 grau. Série formação do professor).

sábado, 15 de maio de 2010

História da Educação 2

A mulher na Educação

O processo de feminização do magistério iniciou-se a parti do século XIX, a onde começou a intensificar o interesse feminino por capacitação e aprendizagem, com tudo esse avanço feminino sofreu grande resistência, porque se acreditava que a mulher era intelectualmente inferior e voltada ao papel de dona de casa.

Com o aumento relativo da escolarização feminina, as escolas também passaram por transformações, salas onde apenas onde homens davam aulas para meninos e mulheres para meninas, tornaram-se mistas. Pelo fato das mulheres serem consideradas menos intelectuais, a profissão e remuneração entraram em decadência, o que reflete a educação atual onde tudo é renegado á segundo plano. O processo de educação esta em constante transformação, mas a imagem da feminização dentro do magistério, e também a pedagogia, ainda é a mesma, de forma que hoje quem sofre os pré-conceitos são os homens, principalmente dentro da educação infantil que hoje é predominada pelas mulheres.


DEL PRIORE, Mary (org.) História das mulheres no Brasil, São Paulo: Contexto, Unesp, 2007.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Children see Children do


Trabalho de Tecnologia Educacional/FMP realizado e apresentado na data 13/05/10, o vídeo escolhido tem por finalidade conscientizar os adultos, e repensarem em suas atitudes perante as crianças. O vídeo é uma campanha publicitária intitulada “Children see, children do”, elaborada no ano de 2006 para a ONG Child Friendly Austrália, em parceria com a National Association for Prevention of Child Abuse and Neglect – NAPCAN (Associação Nacional pela Prevenção de Abuso e Negligência Infantil). Na Semana Nacional de Proteção à Criança, realizada de 03 a 09 de Setembro de 2006, na cidade de Brisbane, Austrália.

sábado, 27 de março de 2010

História da Educação 2

Paralelo Histórico da Educação

“Foram os jesuítas que criaram, afirmava José Veríssimo, no Livro do Centenário, e por dois séculos quase exclusivamente mantiveram o ensino público no Brasil”. Com a introdução dos Jesuítas no Brasil no período colonial após o “descobrimento”, iniciou-se um processo de imposição do catolicismo aos índios, em fevereiro de 1549 D. João III entregou a Tomé de Souza o regimento, onde recomendava à conversão dos indígenas a fé católica pela catequese e pela instrução. Para poder ser reconhecido como ser humano com alma era preciso passar pela conversão através do batismo. O que na verdade não passou apenas de uma forma de dominação dos portugueses sobre o povo indígena. Com isso começa-se a promover uma ação maciça de catequese indígena uns se ocupando da doutrinação e outros da catequização. Apenas chegado a Bahia, em 1549, o Pe. Manuel da Nóbrega tomava as primeiras providências para a organização de uma escola, no mesmo ano, Leonardo Nunes chegava a São Vicente com dez ou doze meninos e ali erguia espaçoso pavilhões de taipa. A Bahia e São Vicente foram os primeiros núcleos bem sucedidos de penetração missionária. São Vicente, principalmente, que além da “escolha de ler e escrever” tinha também uma aula de “gramática”, isto é, gramática Latina freqüentada pelos mamelucos mais adiantados.

As mulheres do período não tinham muito acesso a instrução, já eram criadas para o casamento, já os índios reclamavam o direito da mulher índia participar do processo de alfabetização. Só aos poucos, em um processo lento e de muita luta, a mulher foi conseguindo o seu espaço em busca de seus direitos. Catarina Paraguaçu, também conhecida como Madalena Caramuru, foi a primeira mulher brasileira que sabia ler e escrever, onde naquela época as mulheres só podiam se dedicar as tarefas domésticas. Alguns autores afirmavam que ela era filha de Diogo o Caramuru, com a índia Moema ou Paraguaçu.

Com a expulsão dos jesuítas e a reforma Pombalina o que já era ruim ficou pior, nunca se pensou se pensou na educação como prioridade ou projeto de nação. Com a vinda da Família Real Portuguesa(1808), a preocupação era formar uma elite para administração, foram criadas varias instituições culturais, Biblioteca Nacional, Jardim Botânico, Escolas de Medicina e de Direito em Salvador e no Rio de Janeiro, vivemos o retrato fiel da época, de lá para cá pouca coisa mudou, houve alguns avanços, mas estamos longe de uma educação de qualidade, salas superlotadas, professores mal remunerados e sem condições mínimas de trabalho. Não há qualidade adequada para aprimoramento e qualificação, a mulher, o índio, o negro e também os pobres, lutam para conseguir o seu espaço em uma sociedade que foi dominada por uma “elite”, que “faz” com que essa grande massa continue a não ter instrução adequada, ficando a margem da sociedade ou servindo como uma numerosa mão de obra barata.

HOLLANDA, Sérgio B. de (dir) A Época colonial: Do Descobrimento à Expansão territorial, Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2004. V.1.